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Já pensou no que faria se alguém esbarasse em você e,
simplesmente, fosse embora como se você não existisse?
Emma sempre foi uma garota tímida, que sabe de tudo, mas
que não tem amigos. Quando se formou na faculdade, só pensava
em fazer o que amava e trabalhar tranquilamente na frente de um
computador. Mas, em um dia fatídico, ela é praticamente atropelada
por um anônimo que vai embora sem ao menos lhe pedir desculpa,
deixando para trás um único objeto: o seu celular.
Desejando se vingar dele usando o seu conhecimento, Emma
invade o telefone do desconhecido e tenta, a todo custo, descobrir
quem é o homem alto, de ombros largos e arrogante que a deixou no
chão como se não existisse.
O problema é que o estranho não é tão anônimo e, pior, é o
novo CEO da empresa onde ela trabalha.
Ian não é o mais simpático dos homens e todos odeiam sua
arrogância, mesmo sendo novo no trabalho. Depois que esbarra em
uma mulher na rua, ele não imagina que sua vida ficará de pernas
para o ar. Ao receber de volta o celular que achava ter perdido,
começa a receber mensagens de uma anônima que não tem papas
na língua.
Porém, o problema nisso tudo é que ela não quer ser
descoberta e Ian não descansará até encontrar a única mulher que o
desafia e não tem medo dele; pelo menos na internet.
Um jogo de gato e rato começa entre os dois. E, no fim, quem
vencerá?
Emma
O dia começou bem difícil. Dormi tarde porque estava
empolgada criando um software, portanto me me atrasei nesta
manhã, não tomei café e perdi o metrô. Fiquei vinte minutos
esperando o próximo e, quando ele chegou, não tinha lugar para me
sentar.
Apesar de ter acordado quase agora, meu corpo ainda está
cansado. E, depois do trabalho, ainda tenho que correr com Bia, que
está me forçando a fazer essa atividade todos os dias depois do
trabalho.
Agora estou quase correndo para chegar a tempo para o meu
turno no emprego. Meu chefe não é tão ruim, mas odeia atrasos. E,
mesmo sabendo que Victor não dirá nada a ele sobre isso, não
posso me arriscar.
Estou quase na porta giratória que dá acesso ao prédio,
quando uma parede bate em mim e eu caio de quatro no chão. Olho
para cima e vejo que o filho da puta, que nem olha para trás, corre
para entrar no prédio.
Não dá para ver direito quem é. O que me deixa ainda mais
furiosa. Ainda no chão, vejo um aparelho celular caído. Ele deve ter
deixado cair.
Levanto-me, pensando que se o dia começou assim, nem
posso imaginar o que mais pode acontecer. Pego o celular e volto a
andar. O homem deve ser um daqueles idiotas que trabalham no
topo da empresa e se acham os donos do mundo. Não é porque fico
em uma sala fria e sem graça, que mereço ser tratada dessa forma.
Passo pela porta e, como de rotina, mostro meu crachá à
Molly, que já me conhece e sabe do meu ódio por esse ritual
desnecessário. Ela sorri e libera a minha entrada, mas antes de eu
seguir para o meu setor, resolvo perguntá-la sobre o brutamonte que
passou na minha frente.
— Molly, você sabe quem é o cara que entrou como um
furacão antes de mim?
— Nunca o vi aqui antes, mas parece que um executivo
chegou e todos estão pisando em ovos.
— Claro. Eles se acham os donos do pedaço. — falei irritada.
— Obrigada, Molly! Agora, tenho que ir, ou me atrasarei ainda mais.
Ando até o meu setor, o de engenharia, e dou de cara com o
responsável por ele, meu chefe querido. Passo ao lado dele com
uma cara de culpada, entretanto ele não fala nada, e dou graças a
Deus por isso.
Ocupo minha cadeira em frente aos computadores e olho para
Victor, que está concentrado em algo. No entanto, sei que notou a
minha presença.
— Você tem sorte de ser a melhor no que faz, Emma. Se não
fosse assim, o senhor Milton te colocaria na rua. — Dá um sorrisinho
de lado.
— Nem me atrasei tanto. — tentei me defender.
— Mas ele é paranóico com isso e eu já te cobri duas vezes.
— Estica-se para me olhar.
Dou um sorriso e começo o meu trabalho.
Minha atenção hoje está no celular que peguei. Irei devolvê-lo,
mas é claro que tenho que descobrir primeiro quem é aquele homem
que mais parecia um prédio quando passou por mim. Foi um grosso
por ter me derrubado e não me pedido desculpa. Entregarei seu
telefone de volta, porém também vou irritá-lo e ele nem saberá quem
foi.
Deixo minha investigação sobre o senhor arrogante para o
meu horário de almoço, pois já cheguei atrasada e não quero o
senhor Milton me dando uma bronca por mexer no celular.
***
Pego o aparelho e vou almoçar. Sento-me na cantina do
prédio, peço o meu prato, recosto minhas costas na cadeira e
começo a vasculhá-lo. Sempre fui boa com equipamentos de
softwares. Já me coloquei em situações horriveis, todavia hoje sou
boa no que faço. É por isso que trabalho nesta empresa e sou
pioneira em proteção de dados aqui, nos Estados Unidos.
Minha curiosidade fala mais alto do que a moral de não mexer
no que não é meu.
É facil invadir o celular e, logo de cara, vejo um papel de
parede fofo: um cachorrinho branco bem pequeno que está olhando
diretamente para a câmera. Fico pensando em como um cara tão
bruto como aquele pode ter um animal de estimação. Deveria ser
proibido. Esse cachorro deve estar precisando de ajuda.
Meu pedido chega e eu almoço enquanto olho a galeria dele.
Espero não ter nada tão comprometedor aqui. Deus me livre ver um
nude de um desconhecido! Abro as fotos e vou passando uma por
uma, vendo pessoas em festas, duas senhoras que podem ser sua
mãe é avó, e um senhor que acho que já vi em algum lugar. Nada de
muito importante. Até que chego em uma selfie.
Puta merda! É ele!
Até me engasgo com a bebida. O cara é lindo. Não! Lindo é
pouco. A foto é dele depois da academia. Nossa! Suado fica um
pecado. Seus cabelos pretos estão caídos sobre o seu rosto quase
pálido e seus olhos azuis parecem penetrar a minha alma.
Arrasto o dedo para o lado, a fim de ver se há outras fotos
dele. Constato que, Graças a Deus, têm muitas. O senhor arrogante
tem músculos incríveis e fica perfeito de terno.
Vejo o horário e noto que meu tempo de refeição está
acabando. Vou deixar para vasculhar mais coisas depois que eu sair
do trabalho. Talvez enquanto eu estiver no banho.
Por Deus, Emma! Não seja tão pervertida!
Guardo o celular no bolso e volto para o meu setor.
Minha mente não sai do homem que vi nas fotos. Sei que ele
foi um idiota, contudo não posso deixar de apreciar sua beleza. Será
que é tão arrogante e imbecil relmente? Podia estar tão atrasado e
distraído, que nem tenha me visto em sua frente.
Não! Não posso arranjar desculpas para ele. Não sou tão
pequena e insignificante assim. E apesar de ser um pouco estranha
e me vestir como uma adolescente problemática, tenho o meu valor.
Não vai ser um menino riquinho com um corpo de deus grego que
vai me derrubar.
Deixarei isso para lá, descobrirei quem ele é e lhe devolverei o
telefone, porém não como o deixou quando derrubou.
***
Chego em casa e coloco minha roupa de corrida. Não sou de
fazer muitos exercícios, mas Bia pretende ficar com o corpo definido
e não quer fazer isso sozinha. Só corro para relaxar, já que não
tenho ninguém para ver o resultado de tanto esforço. Mesmo
sabendo que não deveria penssar dessa forma, penso.
Não demora muito para que ela chegue batendo na porta do
apartamento.
— Vamos logo! Temos que correr o dobro hoje. Não resisti e
comi duas fatias de torta. — avisou desanimada.
— O quê? — Ela só pode estar alucinando. — Você quer me
matar?
— Deixe de ser sedentária! — Puxa o meu braço até me fazer
passar pela porta.
Mesmo não querendo correr tanto, saio de casa. Como estou
com muita coisa na cabeça, usarei esse tempo para pensar em uma
forma de fazer o gato arrogante pagar por ter me deixado no chão.
Logo começamos a andar e, depois, a correr. Passamos por
muitos lugares durante a corrida.
— Então... O que fez hoje além de se sentar na frente de um
computador para olhar números e coisas bizarras que não entendo?
— Bia perguntou ofegante.
— Você não vai acreditar. — Mostro-me bem empolgada com
a novidade. — Eu me atrasei de novo, mas o pior é que quando eu
estava entrando no prédio, um cara esbarrou em mim e foi embora
como se nada tivesse acontecido.
— Não estou entendendo. A notícia é ruim e você está com
um sorriso no rosto. É meio masoquista. — Mantém o cenho
franzido.
— O cara deixou o celular cair. — ignorei sua ironia. — E
agora ele está sob o meu poder. — Tento não ficar empolgada
demais.
— Sabe, Emma? Quando digo a você para arranjar um
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