Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
Acabando com o sofrimento de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Trabalho em dupla- tensão sexual
— Perfeito! — falo pegando pão de forma, presunto e queijo da
geladeira. — Acredito que eu ficaria sem jeito se tudo que comêssemos
fosse diferente, sei lá. Tipo, uma come e a outra fica olhando e vice-versa.
— Tento imaginar.
— É péssimo — ela admite. — Com minha antiga colega de quarto
era assim.
— E onde ela está?
— Se mudou para a Zeta Beta Tau. Seria maldade eu dizer que fiquei
muito feliz com isso? — ela revela.
— Não! — respondo de imediato e nós duas rimos. Mordo o
sanduíche, soltando um gemido. — Um sanduíche nunca foi tão bom — falo
com a mão na boca.
Ela ri.
— Você deve estar cansada. Quantas horas de viagem?
— Em torno de nove horas — respondo após engolir.
— Porra! Meu voo é de pouco mais de três horas e já acho muito.
— É, estou mesmo cansada.
Olho para a minha cama com lençol, um travesseiro e duas cobertas
dobradas sobre ela.
— O que acha de tomar um banho? — sugere. — Deita um pouco e
mais tarde faço um macarrão com queijo delicioso para jantarmos. — Pisca.
— Acho perfeito. Obrigada por me receber tão bem.
— Estou com esperança de que seremos boas amigas — sorri, me
fazendo retribuir o gesto.
Decido seguir seu conselho e vou até a minha mala procurar uma
roupa confortável. Amanhã arrumo tudo no pequeno closet. Tudo que preciso
agora é de um banho e, quem sabe, dormir um pouco.
Talvez a razão de
Todas as portas estarem fechadas
Era para você poder abrir uma
Que te levasse para a estrada perfeita
Firework — Katy Perry
— Ei, Priscila? — Sinto mexerem em meu ombro. — Ei — chama de
novo e eu abro os olhos, vendo Taylor de pé ao lado da cama.
— Oi! — Me sento, ainda sonolenta. Esfrego os olhos, pegando o
celular e vendo a hora, são oito e meia da manhã. — Nossa! Dormi tudo
isso? — pergunto, me lembrando que quando me deitei ontem era perto dás
seis da tarde.
— Sim, você estava mesmo cansada. — Ela passa a escova por seu
longo cabelo loiro. — Te acordei porque eu autorizei a entrada dos
entregadores de uma loja e eu preciso ir trabalhar. Eles já devem estar
subindo.
— Tá, eu atendo, obrigada. Deve ser a televisão que a minha mãe
disse que compraria.
— Pelo que eu vi através da janela, é bem mais que uma televisão.
— Ah... — respondo somente.
Não duvido que minha mãe tenha comprado bem mais que apenas
uma televisão.
— Falando em compras… — ela fala agora, calçando suas
sapatilhas —, entregaram mercado ontem e... nossa, é bastante coisa. E eu
não sei como vamos fazer para guardar tudo...
Suspiro alto.
— Eu deixei um pouco no closet, chego perto dás 13hrs hoje. Posso
te ajudar a arrumar tudo.
— Você tem planos? — pergunto, sem jeito. — Podemos sair para
comer algo ou... bom, se você não tiver planos.
— Eu não tenho planos. Na verdade, tenho poucos amigos, você vai
ver.
Não tenho tempo de responder, pois, batem na porta. Taylor atende e
eu logo me levanto, atendendo aos entregadores enquanto minha colega se
despede. Quando eles deixam a televisão e um espelho, dizendo que já
voltam, eu corro ao banheiro. Faço xixi, depois lavo as mãos e o rosto no
lavabo. Quando acabo de secar o rosto, a porta volta a ser abrir com os
entregadores.
A porta volta a se abrir várias vezes, na verdade.
Primeiro eu fico nervosa, porque eu não sei onde enfiar as várias
coisas que a minha mãe mandou. Então, pego meu celular em meio ao
desespero para ligar para ela, mas à essa hora eles já estão voando de volta
para o Brasil e o celular está desligado. Vou no app mandar uma mensagem
para ela, me deparando com várias suas.
Ela pensou em tudo.
Desenhos em uma folha de caderno indicam os lugares onde cada
coisa deve ser colocada. A partir de seus esboços, começo a indicar onde
tudo deve estar disposto aos homens e fico deslumbrada com o resultado. O
frigobar dá lugar a uma geladeira de modelo menor que as usuais. Um novo
armário com uma gaveta com porta talheres e um nicho para micro-ondas
também de tamanho menor. Em cima, um fogão elétrico de duas bocas.
Um móvel aéreo de três portas, que segundo a descrição da minha
mãe, é para guardar as louças. Ela comprou o básico, tudo quatro peças, a
não ser pelas panelas, que são apenas duas. Em frente à minha cama, onde só
havia um suporte para TV ontem, quando cheguei, agora há uma televisão
média e um armário estilo cômoda.
Segundo ela, podemos usar umas duas gavetas para guardar comida e
duas para produtos de higiene pessoal. No caso, uma gaveta para cada uma.
Em cima da cômoda, uma cafeteira e uma sanduicheira. Um espelho grande,
que agora está pendurado na porta do banheiro, um pequeno e estreito balcão
para papel higiênico, toalhas de rosto e corpo. Isso, sem contar com dois
jogos de roupa de cama que ela comprou e algumas toalhas.
Os armários são todos em branco, a geladeira em estilo retro em um
tom de azul. O micro-ondas, cafeteira e sanduicheira em tons de amarelo. Tal
como as roupas de cama. Não preciso perguntar para saber de quem é quem.
Eu amo amarelo. Então sei que o jogo de roupa de cama amarela é meu, o
azul com certeza é de Taylor, já que tudo no seu lado é nesse tom.
Dona Andreia não só pensou em mim, como em minha colega de
quarto, e isso me faz a amar ainda mais. Em uma corrida contra o tempo,
começo a arrumar tudo que consigo. Não mexo na cama da Taylor, só deixo a
sacola com o presente em cima dela. Quando começo a arrumar minhas
malas na minha parte do closet, a porta do quarto se abre e eu fico
momentaneamente nervosa de ela ficar chateada pela “invasão” da minha
mãe.
— Porra — escuto.
Respiro fundo e saio do mini closet. Olho para Taylor, que passa os
olhos por tudo boquiaberta, e instantaneamente sinto minhas mãos suarem,
com medo da repreensão ou até de sua rejeição.
— Eu... — gaguejo — não sabia que ela faria essa revolução. Ela
disse que já que substituiu a geladeira e o micro, você pode ficar com
esses...
Ela tira as roupas de cama azuis de dentro da sacola e fica por um
tempo olhando, não vejo seu rosto, ela está de costas.
— Olha, me desculpa... eu não sei, posso dar um jeito... — Ela se
vira e vejo seus olhos marejados.
Mordo o lábio, sem saber o que falar mais, então ela me surpreende
vindo até mim e me abraçando. De início, fico surpresa, mas logo retribuo o
abraço respirando fundo.
— Obrigada — ela murmura e se afasta, limpando os olhos. —
Porra, eu não costumo chorar — ri em seguida e eu faço o mesmo.
— Já eu, sou bem chorona — admito.
— Na verdade, isso me lembrou meus pais e o cuidado deles e...
— Faz tempo que não vê seus pais?
— Três anos e meio.
— Nossa, então já está no quarto ano? Eu nem perguntei que...
— Meus pais morreram um pouco antes de eu entrar na universidade
— conta e fico sem saber o que falar. — Minha mãe morreu de câncer e meu
pai... não aguentou..., tirou a própria vida.
— Sinto muito — falo — nossa, sinto muito mesmo — ela apenas
sorri fraco. — Você tem irmãos?
— Não. Tenho uma tia, não somos próximas.
De repente, sou eu quem sente a necessidade de a abraçar e é isso
que faço. A aperto firme contra os meus braços, tentando mostrar através
desse gesto o que não consigo expor em palavras.
— Bom, nós temos uma à outra — falo e me afasto. — Você gostou?
— Aponto com as mãos para tudo ao nosso redor, tentando afastar o
momento melancólico.
— Quê? Eu amei! Porra, eu amei tudo! — ela sorri. — Nosso
dormitório é o auge do luxo! Me deu até vontade de fazer amigos só para