O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A ex-mulher muda do bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
Abby
Existe algo pior que acordar de ressaca e isso é acordar de ressaca com o som do seu despertador. O som parece entrar em minha cabeça e esmagar cada parte dela, é como se meu cérebro estivesse sendo esmagado.
Eu tento fechar meus olhos e continuar dormindo, mas é impossível, o meu celular volta a tocar depois de cinco minutos, maldita soneca. Sem alternativa, coloco minha mão embaixo do travesseiro e pego o aparelho, desligo o despertador, com cuidado abro meus olhos e confiro o horário. Não tenho tempo para continuar dormindo, se ficar mais um minuto na cama irei me atrasar para a primeira aula.
Ainda zonza por todo álcool que ingeri na noite passada, levanto-me da cama, deixo meu quarto e vou para o banheiro, para minha sorte nenhuma das meninas o está ocupando.
Estou com a garganta seca, os olhos pesados e a cabeça doendo. Como em dois anos ainda não aprendi que festas nas quintas-feiras são péssimas ideias?
Tiro o pijama que estou usando e vou direto para o box.
Estou pegajosa, suada e fedendo a cerveja barata e de péssima qualidade. Deus, como consegui dormir assim? Claro, eu estava
tão bêbada que a única coisa que consegui fazer foi entrar em meu quarto, vestir um pijama e me jogar na cama.
Ligo o chuveiro na água gelada e mesmo que não tenha tempo para secar meu cabelo opto por lavá-lo, porque até mesmo
ele está fedendo. Caralho, talvez eu deva parar de beber e frequentar essas malditas festas.
Gasto o máximo de tempo possível embaixo do chuveiro, mas não o tanto quanto gostaria, porque estou atrasada.
Saio do banheiro enrolada em uma toalha e ainda com dor de cabeça, porém não estou mais tonta. Eu volto para meu quarto, vou até minha cômoda e pego qualquer roupa, ou seja,
regatinha básica e uma calça jeans, calço meu tênis, penteio meu cabelo, deixo-o molhado mesmo e apenas retiro o excesso de água com a toalha. Estou desprezível e qualquer um que olhar para mim saberá disso.
Para não parecer tão derrotada, pego um óculos escuro, e por fim a minha bolsa que contém meu iPad e cadernos, jogo meu celular dentro dela e deixo meu quarto. A porta do quarto de Brooke está fechada, porque a vaca sortuda não tem aula hoje pela manhã, mas a de Dakota está
aberta, porque assim como eu ela terá que ir para a universidade.
Sigo para nossa cozinha/sala. Dakota está de costas para mim e de frente para o fogão. Ela está cozinhando enquanto uma
música da Meghan Trainor está ecoando em um volume não muito alto pelo pequeno lugar que dividimos.
— Por que, eu não sou como você?
Resmungo enquanto me jogo no sofá que fica na nossa sala, que é no mesmo ambiente que nossa pequena cozinha e jogo minha mochila no meu lado.
— Bom dia, flor do dia.
Ela se vira para mim com um sorriso no rosto e reviro meus olhos.
— Péssimo dia.
Faço um biquinho e minha amiga apenas ri.
— Eu avisei você para não beber tanto.
Aponta a colher que tem em mãos na minha direção e eu suspiro. Sim, Dakota que optou por não beber ontem, me avisou para não exagerar e eu como sou uma idiota não dei ouvidos para ela.
— Eu sei.
Sorri vitoriosa e volta a ficar de costas para mim.
— Qual os planos para o dia?
Suspiro mais uma vez.
— Você quer dizer a tortura do dia, não é?
Sei que estou parecendo um bebê chorão, mas às vezes só acordamos e temos certeza de que o dia será uma merda. E hoje eu posso garantir será um dia de merda.
— Não seja tão chata, Abby.
Dakota se vira e dessa vez está segurando a frigideira.
— Por que, eu não poderia ter pais ricos e legais?
Dakota faz uma careta.
— Reclame menos, Abby.
— Eu estou de ressaca, tenho a pior aula da semana, além disso tenho que continuar procurando um emprego. — É a minha vez de fazer uma careta. — E adivinha, se meus pais não fossem tão um idiota, eu não precisaria arranjar um trabalho.
Minha amiga morde seu lábio inferior.
— Você ainda está com raiva deles?
Apenas de pensar em meus pais minha cabeça dói ainda mais, por isso fico em pé e vou até o nosso armário, onde ficam os remédios.
— Meu pai está me cobrando a fatura do cartão e minha mãe se recusa a me ajudar a pagá-la. — Pego um remédio para dor de cabeça. — O idiota não sabe nem o que fazer com tanto dinheiro e está me cobrando.
— Talvez, ele apenas esteja querendo que você aprenda a ser independente.
Sorrio ironicamente enquanto vou até a geladeira e pego uma garrafinha de água.
— Acredite, ele somente está sendo um idiota.
Liam Cooper não está preocupado comigo, nem com o tipo de ser humano em que irei me tornar. Eu tomo meu remédio e a água logo em seguida, e volto a olhar para Dakota. Ela está me encarando com pena e odeio isso.
— Sinto muito.
Dou de ombros.
— Eu vou ficar bem.
Ela parece prestes a dizer algo, então balanço a cabeça. Não quero palavras de conforto e nem de autoajuda. Algumas coisas simplesmente não têm como ser melhores e uma dessas é
a situação a qual me encontro no momento. Dakota se aproxima deixa os ovos sobro o balcão que está logo ao meu lado.
— Bacon?
Sorri gentilmente e balanço a cabeça negando.
— Não, aliás não irei comer nada, meu estômago está um caos — Ela apenas assente. — Você quer uma Carona?
— Você tem aula à tarde, não é?
É a minha vez de assentir.
— Sim, e depois da aula irei procurar um emprego.
— Então, eu vou com meu carro. — Abro a boca para dizer que irei esperá-la, porém ela é mais rápida. — Você não precisa me esperar, minha aula é um pouco mais tarde que a sua e irá se