Apaixonada pelo CEO Frio
Autor:Alicia
GêneroRomance
Apaixonada pelo CEO Frio
Anabela olhou para a aveia que Maria havia feito para ela e ficou comovida com tanta generosidade. A emoção foi tão grande que ela não conseguiu evitar o choro. Lágrimas brotaram de seus olhos e escorreram por seu rosto.
"Senhora Carolina, aproveite seu café da manhã. Você não comeu nada na noite passada e ainda está doente. Pode descansar em paz, pois acabei de receber a notícia de que o senhor José não voltará para casa hoje", disse Maria, com um sorriso encorajador, e depois voltou para a cozinha.
Após o café da manhã, Anabela vestiu um casaco branco e saiu para o jardim. Sentada em um banco, ela olhou ao redor para contemplar o jardim. Ele realmente era lindo, porém, ela não conseguiu admirá-lo. Com tanta tristeza em seu coração, era impossível se concentrar na beleza.
Anabela ficou em casa o dia todo, mas sabia que isso não duraria para sempre. No dia seguinte, ela se arrumou e foi para a escola. Na hora do intervalo, se dirigiu ao banco que ficava perto da escola, suas economias estavam guardadas lá.
Esse dinheiro foi acumulado graças aos seus empregos de meio período. Não era muito, mas ela poderia trabalhar e economizaria ainda mais.
Anabela deu de ombros, sacou o dinheiro e deixou o banco, dirigindo-se para a escola novamente. Ela havia sido adotada pela família Rabelo, no entanto, nunca pensou que acabaria assim.
"Anabela." Anabela hesitou ao ouvir aquele apelido tão íntimo. Na verdade, ela pensou que nunca mais o escutaria novamente. Aquela voz conhecida fez seu coração bater mais forte, e a moça se perguntou se não tinha ouvido coisas.
No entanto, a dúvida diminuiu quando uma figura esguia se aproximou, parando em sua frente. "Sou eu, Anabela, você não se lembra mais de mim?"
Anabela levantou a cabeça para encarar o homem à sua frente. Ele ainda era tão atraente e gentil como antes. O par de óculos com armação dourada que usava naquele dia, deixava-o ainda mais charmoso.
Ele finalmente estava ali, seu Telmo. O homem que Anabela esperaria por cinco anos, e que amava e confiava.
"Anabela, como você está? Eu voltei." Telmo se aproximou e gentilmente pegou as mãos dela, colocando-as entre as suas. Sua voz era tão terna e doce que o coração dela estremeceu.
Anabela assentiu com a cabeça enquanto seus olhos lacrimejavam. "Fico feliz em ver que está de volta, Telmo", declarou a menina, finalmente.
Anabela nunca imaginou que seu reencontro, depois de cinco anos, seria assim.
Ela não conseguia expressar emoção, nem expectativa, nem entusiasmo. Se fosse como nos velhos tempos, Anabela teria pulado em seus braços, chorando e contando tudo o que havia acontecido com ela desde sua partida, e o quanto ela ainda o amava. A moça teria contado tudo.
"Você não está feliz em me ver?", perguntou Telmo, observando-a de perto. Anabela havia mudado muito nesses cinco anos, mas para ele, ela ainda era a mesma. A garota sempre teve um lugar muito especial em seu coração, ele nunca a esqueceu.
Para fazê-la feliz, ele havia trabalhado muito duro todos esses anos, a fim de lhe oferecer a melhor vida possível. Mas, infelizmente, a vida não foi tão fácil. Ele se tornou o diretor executivo do Grupo Silva, mas em troca disso, ele teve que noivar com a filha do proprietário da empresa, Julia Silva.
Telmo tomou essa difícil decisão pelo bem de sua Anabela, pois não teria tido sucesso se ele não tivesse proteção.
"Estou muito feliz que meu Telmo está de volta", disse a moça engasgando com os soluços. Anabela achava que ela não tinha mais lágrimas, mas estava muito errada. Ela não se conteve ao vê-lo em sua frente.
Telmo estendeu a mão e a envolveu em seus braços. O calor desse abraço a entristeceu ainda mais. "Me perdoe, Anabela. Eu sinto muito por ter ficado longe de você por tanto tempo, mas você não precisa mais se preocupar. Agora que estou de volta, não vou permitir que você sofra mais", disse Telmo, com ternura.
Embora a consolasse falando sobre o futuro, ele não tinha certeza se ainda ficariam juntos. Anabela também sabia que seria impossível, pois Crespo a vendeu para José. Além disso, Telmo tinha uma linda mulher ao seu lado.
Ela sentiu-se traída. E fez o possível para evitar o choro, mas não conseguiu. Naquele momento, ela desabou em prantos.
Telmo pensou que seu choro fosse devido a saudade que havia sentido com todos esses anos; ela sentiu tanto a sua falta que não conseguiu conter as lágrimas.
"Tá bom, você pode chorar o quanto quiser agora, mas não vou deixá-la chorar de novo no futuro. Gosto mais quando você sorri, Anabela. Seu sorriso é tão lindo", acrescentou Telmo, acariciando suas costas. Depois de um tempo, Anabela deu um passo para trás.
Aí Telmo a convidou para tomar um café. Chegando lá, eles se sentaram frente a frente.
"Telmo, quando você voltou? Como tem passado todos esses anos?", perguntou Anabela, com curiosidade.
Percebendo sua roupa de marca, Anabela concluiu que estava levando uma vida boa. E no fundo ela estava feliz por ele.
"Eu estou bem, minha querida Anabela, como você está? Por que você está mais magra do que antes?", perguntou Telmo, empurrando as sobremesas para a garota. "Anabela, essas não são suas favoritas? Vai, come!"
Anabela o encarou, Telmo sempre era muito gentil com ela. No passado, ele a mimava com pratos deliciosos o tempo todo e, naquele dia, ele continuou a tratá-la da mesma forma.
"Você deveria comer também, Telmo", respondeu a menina, empurrando o prato para o meio da mesa para eles comerem juntos.
Enquanto isso, Ana e José se dirigiram para o café próximo, para uma reunião. O local foi sugerido pela sua cliente. Assim que os dois entraram, os olhos de José imediatamente se dirigiram para a garota sentada perto da janela com um homem.
Aquela mulher estava mentindo para ele todo esse tempo. Se ele não a tivesse visto com os próprios olhos, ela nunca teria admitido.