Apaixonada pelo CEO Frio
Autor:Alicia
GêneroRomance
Apaixonada pelo CEO Frio
Sentado na sala VIP do segundo andar do clube, José observava a multidão dançando na parte de baixo pela janela de vidro. "Ana, você administra este lugar muito bem", disse ele.
Ana entregou a ele uma taça de vinho e respondeu: "Senhor José, como poderia não fazer o meu melhor, se é assim que deseja? Eu não poderia ser negligente e deixar este lugar mal administrado." José era dono de muitos clubes de entretenimento, hotéis e outras subsidiárias. E ele cuidava de tudo sozinho, então Ana realmente entendia a pressão que ele sofria o tempo todo.
"Ana, você está cansada?", perguntou ele. José a puxou pela cintura para mais perto dele quando ela sentou-se ao seu lado. "Se estiver cansada, você tem a minha permissão para pedir ajuda a Júlio", acrescentou ele.
Ana respondeu com um sorriso: "Não se preocupe, senhor Brian. Eu estou bem. Você salvou minha vida, estou muito feliz e grata por isso, e farei tudo por você com muito prazer."
José assentiu e bebeu o vinho da taça. "Você me acompanha por toda parte. Se continuar assim, não conseguirá relaxar e descansar", acrescentou ele. Ana era a única mulher que o acompanhava em todos os lugares.
"Eu não me importo com isso, senhor José. Gosto de estar ao seu lado, e nada mais importa. Por favor, não tire isso de mim", pediu Ana. Ela havia sofrido muito no passado, e não tinha medo de mais nada, principalmente de trabalhar duro. Antes de conhecer José, sua situação econômica era tão ruim que ela morava na rua e tinha que mendigar comida. Ainda se lembrava perfeitamente daquele dia em que foi a uma loja roubar um pedaço de pão por causa da fome. O dono a pegou em flagrante e bateu nela com tanta força que quase a matou. José foi quem a encontrou nas ruas, toda machucada e quase morrendo. Ele a levou para casa e cuidou dela até que ela se recuperasse.
Desde então, ele se tornou a pessoa mais importante da vida de Ana, e ela nunca mais saiu de perto dele.
"Como eu poderia afastá-la de mim?", disse ele. José a salvou naquela época porque ele viu em seu olhar um brilho de determinação, muito parecido com o que ele tinha.
De repente, eles perceberam que as pessoas no andar debaixo ficaram mais animadas, quando uma mulher com maquiagem pesada, cabelos castanhos compridos e encaracolados e uma saia preta justa entrou no clube. Naturalmente, sua aparência atraiu a atenção de todos os homens para ela, fazendo-os desejá-la.
Ela balançava seus quadris enquanto abria espaço para a pista de dança. Os homens se reuniram ao redor dela para vê-la dançar de forma sedutora. Eles assobiavam cada vez mais alto para animá-la e o tumulto foi ficando maior. Mesmo os homens que não estavam na pista de dança subiram ao palco para dançar com ela, alguns deles colocaram suas mãos grandes na cintura da moça enquanto dançavam. Com isso, o clima ficou ainda mais quente.
"Quem é essa mulher?", perguntou José, já que a mulher também havia chamado sua atenção.
"Eu não sei. Ela tem vindo aqui algumas vezes. Ela é realmente muito atraente. Mas o meu objetivo é ganhar dinheiro e lotar esse lugar, e contanto que a moça atraia mais clientes, eu não preciso saber quem ela é", concluiu Ana. Ana tinha uma forte visão de negócios e percebeu que a presença desta mulher tinha sido benéfica para o clube. As vendas, principalmente de bebidas alcoólicas, dispararam desde que ela começou a frequentar o local.
Com um sorriso de orgulho José virou-se para ela e disse: "Ana, sua mente está cada vez mais empreendedora e focada, presumo que não preciso mais me preocupar com este clube. Mesmo que eu não possa vir aqui pessoalmente no futuro, sei que você pode cuidar deste lugar com eficiência."
"Então você vinha aqui para inspecionar como eu estava administrando este lugar? Estava preocupado que eu não conseguisse fazer meu trabalho?", brincou Ana. Ela pegou o copo vazio da mão de Brian e acrescentou: "Senhor José, você gostou daquela mulher? Posso convidá-la para vir e se juntar a você, se quiser. Acredito que ela ficaria feliz com o convite."
José fez um gesto indiferente com a mão. "Não, eu não estou atraído por ela, apenas curioso, você pode pedir a alguém para descobrir quem ela é", disse ele pousando os olhos na mulher misteriosa. José não sabia explicar, mas tinha um mau pressentimento sobre a moça.
Ana o observou, sentindo-se um pouco confusa, mas não perguntou mais nada. Ela faria tudo o que José a pedisse sem questionamentos.
Já no primeiro andar, enquanto caminhava entre os clientes, Ana descobriu que todos chamavam a garota misteriosa de Carolina.
Ela queria saber mais sobre ela, mas naquele momento, não conseguia encontrá-la em lugar nenhum. Perguntando para várias pessoas o paradeiro da moça, descobriu que o filho do dono do Grupo Gomes a levara para o camarote.
Ana sempre agia com moderação e sabia que não seria sensato incomodar o herdeiro do Grupo Gomes, naquele momento. Então voltou para o andar de cima para contar a José o pouco que havia descoberto. "Senhor José, sinto muito, não consegui descobrir sua identidade exata, mas todos a chamam de Calorina", informou Carolina
"Calorina?", perguntou Jóse erguendo as sobrancelhas. Depois, se levantou e disse: "Não importa, estou indo embora de qualquer maneira."
Quando José se virou, Ana o abraçou por trás, ela não queria que ele fosse embora tão cedo. "Você está voltando para ficar com ela?", perguntou Ana, com um tom desanimado.
"Porque você pensa isso? Sabe muito bem o quanto a odeio", respondeu José, virando-se para beijar suavemente os lábios rosados de Ana.
"Senhor José, me permite perguntar, por que guarda tanto rancor dela?", questionou ela. Crespo havia pedido emprestado uma quantia de dinheiro muito alta para José. Nas atuais circunstâncias de Crespo, seria impossível ele devolver todo aquele dinheiro a José imediatamente. Ela sabia que Brian o odiava por isso. Mas por que ele odiava Calorina? O que a mulher havia feito para ele?
José sorriu ao ouvir aquela pergunta. Na verdade, ele não odiava Carolina, odiava Crespo, e consequentemente o fato dela ser sua filha. Ele queria ver Crespo sofrer, e para isso iria torturar sua filha pelo resto da vida como forma de pagamento pelo que o homem devia, ele estava apenas a usando para que Crespo sentisse seu ódio.
Depois dessa conversa, José decidiu ficar mais um pouco, recostando-se no sofá, ele bebeu uma taça de vinho atrás de outra com Ana. No entanto, o vinho parecia não fazer efeito, mesmo depois de tantas garrafas.
Quando José finalmente voltou para a villa, já era uma da manhã. Anabela ainda estava acordada quando seu marido chegou. Ela rapidamente vestiu um casaco e foi ao seu encontro recepcioná-lo.
"Você voltou", afirmou Anabela, percebendo que José estava bêbado. Mesmo com medo de ficar perto dele, ela se aproximou e o ajudou a andar.
"Você estava esperando por mim?", perguntou José, encarando-a de perto. Quando a garota acenou com a cabeça, hesitante, o homem subitamente a tomou nos braços e a beijou com violência.
"Senhor José, você está bêbado", disse Anabela, tentando sair dos braços de seu marido. Ela sabia que ele não sabia o que estava fazendo pois estava bêbado.
Depois do que havia acontecido na sala de jantar da última vez, Anabela ficou medo dele, e estava com mais medo agora que estava bêbado.
No entanto, José não a soltou, ao invés disso a abraçou ainda mais forte.
"Senhor José, por favor! Me solta!", Anabela gritou de dor. "Você está me machucando. Me deixe ir, eu lhe imploro!" Mas o homem não ligou para seu apelo. José a empurrou para o sofá e subiu em cima dela.
José havia tentado de tudo para testar essa mulher, mas ainda assim, não era capaz de entendê-la completamente.
Encarando-a com um olhar selvagem ele disse: "Você é mesmo Carolina? É isso que você quer, não é? Pare de fingir!" Ele sabia que a mulher acabaria revelando sua verdadeira personalidade.
Mas não podia deixá-la em paz, não é mesmo? Se Carolina levasse uma vida pacífica e sem problemas, que graça isso teria?
Quando José terminou, ele se levantou e a encarou com desprezo. "Não se esqueça de tomar a pílula!", zombou ele, saindo sem olhar para trás. A última coisa que queria era um filho dela, e deixou isso bem claro. José não gostava de se sentir amarrado, especialmente por causa de um filho.