Apaixonada pelo CEO Frio
Autor:Alicia
GêneroRomance
Apaixonada pelo CEO Frio
José não esperava se deparar com a mulher ao entrar na villa, então nem mesmo a ajudou a se levantar quando ela tropeçou e caiu no chão sobre seu próprio traseiro. Aí ele a olhou com frieza e franziu os lábios.
Anabela gemeu de dor antes de mirar para cima e encontrar o olhar gelado de José. Ela engoliu em seco e se desculpou na mesma hora: "Desculpe, não te vi chegando."
"Com quem você vai encontrar saindo com tanta pressa?" José perguntou com desprezo, fazendo-a fraquejar. Claro, ela não poderia ter sorte o tempo todo, e era necessário que o próprio diabo aparecesse agora para lembrá-la.
"Eu estava indo para a faculdade", Anabela respondeu choramingando, enquanto tentava se levantar. Ela se absteve de continuar falando, porque sabia que, de qualquer maneira, ele não iria acreditar.
De acordo com José, tudo o que ela dizia, eram só desculpas.
"De verdade?" Ele perguntou, já que obviamente não acreditava nela.
Anabela olhou para o relógio. Chegaria atrasada. Voltou-se para olhar José, e notou uma mancha vermelha em seu pescoço.
Observando melhor, ela percebeu que se tratava de uma marca de batom. Isso significava que, na noite anterior, ele estivera com outra mulher, por isso só voltou para casa ao amanhecer. No entanto, Anabela não se importava com isso. Na verdade, seria um alívio para ela se ele procurasse outras mulheres, porque assim, talvez ele a deixasse viver sua vida tranquila.
Embora fosse um desejo desesperado, que nunca passaria de um mero sonho, ela desejava que assim fosse.
Depois desse encontro, Anabela se foi sem dizer mais nada. Leonel já estava esperando por ela no carro e, logo que ela entrou, o veículo começou a rodar. Anabela olhava pela janela, pensando em quais as possibilidades que tinha para escapar de José. O pai da garota não devia a José nada além de dinheiro, então se ela pudesse ganhar o suficiente para pagar o que seu pai lhe devia, poderia recuperar sua liberdade.
Quando chegaram ao cruzamento no meio da estrada, outro veículo que havia ultrapassado o semáforo, cortou a frente deles em alta velocidade. Nesse caso, Leonel teve que pisar fundo no freio, o que a impeliu para a frente. E quando Anabela olhou à sua volta, seus olhos pousaram em uma grande tela de LED na lateral da estrada. Estavam passando notícias financeiras e Telmo estava no programa.
Anabela assistiu atentamente ao noticiário e seus olhos brilharam de emoção, quando soube que ele havia se tornado o Diretor Executivo do Grupo Silva. Ele havia viajado para o exterior após seu último encontro, e ela nunca teve notícias de seu regresso ao país. 'Será que ele já me tinha esquecido? Por que ele ainda não me tinha vindo buscar?', pensou a menina.
Esses pensamentos a entristeceram muito. Ela não conseguiu mais se concentrar nos estudos e esteve distraída pelo resto do dia. 'Será que eu voltaria a vê-lo novamente?', se perguntou.
Anabela não conseguia conter o desejo de ver Telmo outra vez, então decidiu ir procurá-lo em seu escritório sem avisar. Depois que terminaram as aulas, ela saiu pela porta dos fundos da universidade, para evitar que Leonel a visse, e se foi em silêncio. Só parou quando finalmente chegou à frente do edifício do Grupo Silva. De repente, a coragem que ela havia juntado para levar sua missão a cabo se desvaneceu.
Ela ficou parada olhando para o prédio até escurecer. Ao final, não teve coragem de subir para vê-lo e sentia um peso no peito, enquanto dava meia volta para ir embora.
Porém, Anabela teve que parar quando a porta automática se abriu e um grupo de pessoas saiu do prédio. Na mesma hora, olhou para as pessoas que saíam e podia reconhecer um rosto familiar no grupo; era Telmo, e ele estava de braço dado com uma mulher bonita e elegante. O coração de Anabela se despedaçou, quando se deu conta de que ele estava acompanhado de outra mulher.
Seus lábios tremiam e as lágrimas rolavam por seu rosto, diante da cena que se desenrolava diante de seus olhos. Ela os observou até que entraram juntos em um carro de luxo caríssimo.
No entanto, antes de entrar no carro, Telmo se virou de repente e olhou na direção em que estava Anabela. Assim que seus olhares se cruzaram, ele ficou paralisado. Anabela imediatamente lhe virou as costas, para que ele não visse suas lágrimas. E quando olhou de novo, o carro já havia desaparecido.
Ao contrário de Telmo, que se tornara um homem de sucesso, ela estava vivendo um inferno. A vida tinha sido muito injusta com ela, nos últimos tempos. Havia entregue sua virgindade a alguém que nem sequer a amava; um demônio, que tirou sua liberdade, e agora o homem a quem ela amava estava com outra mulher. Anabela não tinha mais esperança alguma.
A única coisa que lhe restava era sua própria pessoa com a autoestima abalada.
Quando voltou para a faculdade, todos já haviam ido embora, exceto um carro de aparência familiar e seu motorista. Tratava-se de Leonel, que ainda estava esperando por ela. Anabela ficou tensa ao vê-lo. "Sr. Leonel, sinto muito."
"Sra. Carolina, o Sr. José está esperando por você em casa." Leonel manteve a porta aberta para que a garota entrasse no carro.
Quando Anabela chegou na villa, como de costume, José estava sentado no sofá da sala. O que ela não esperava era ver Ana, sentada ao lado dele. Anabela tivera oportunidade de conhecê-la antes.
"Então você finalmente se deu conta de que era hora de voltar para casa?", perguntou o homem, apagando o charuto e olhando para ela. Os olhos de Anabela estavam inchados de tanto chorar e seu rosto revelava que devia ter chorado muito.
"Sinto muito. Eu tive que cuidar de uma coisa importante. Foi extremamente necessário", disse Anabela, abaixando a cabeça.
"Eu não quero escutar suas desculpas!", gritou José.
"Não voltarei a fazê-lo", disse ela, dando um passo à frente para se retirar, mas ele a impediu.
"Pare! Já lhe dei a permissão para sair?" Ele disse, levantando do sofá e caminhando na direção dela. "Você acha mesmo que pode sair por aí, agindo como se fosse a Sra. Carolina de verdade?"
"Não." Anabela nunca havia se considerado esposa dele. "Eu... eu vou fazer o jantar, como você pediu. Por favor, me deixe ir. O que você gostaria de jantar?"
José olhou para ela fixamente por um momento, logo deu meia volta, e se sentou ao lado de Ana outra vez. Voltando-se para Ana, ele perguntou, com toda a gentileza: "O que você gostaria de comer?"
A mulher olhou para Anabela, pegou José pelo braço e disse: "Sr. José, a Sra. Carolina sabe mesmo cozinhar? Eu não quero adoecer por causa de uma comida preparada por uma principiante."
"Prove uma vez. Se não gostar, eu levo você para comer em um restaurante." Anabela notou a intimidade entre eles, mas desviou o olhar na mesma hora. Será que ele estava fazendo algum tipo de encenação para ela?
No entanto, ela não deu muita importância ao fato e correu para a cozinha, sem falar mais nada. Olhando para os ingredientes disponíveis na geladeira, ela prometeu a si mesma que iria fazer um belo jantar.
José, por sua vez, estava decidido a tornar as coisas mais difíceis para ela, a fim de vê-la sofrer.
Por isso, ele mandou todos os criados fazerem tarefas diversas, para que ninguém estivesse disponível para ajudá-la. Ele queria ver o quanto a mulher era capaz.