Apaixonada pelo CEO Frio
Autor:Alicia
GêneroRomance
Apaixonada pelo CEO Frio
Anabela trocou de roupa e saiu do banheiro. Seu marido lhe deu uma olhada rápida enquanto apertava os dentes. Sem dizer uma palavra, ele se virou e saiu impetuosamente, e ela correu atrás dele submissa.
A viagem de carro foi muito desconfortável, e durante o percurso, ela ficou encolhida em um canto. A atmosfera dentro do Bentley prateado estava tão tensa que a garota só podia olhar pela janela e rezar para que tudo aquilo acabasse o mais rápido possível.
Cada vez que José se movia, por pouco que fosse, ela tremia, com medo de que ele se aproximasse sem seu consentimento.
O silêncio tomou conta da maior parte da viagem. Em uma hora, eles chegaram à luxuosa vila de José. A casa exótica havia sido projetada exclusivamente para o homem, de maneira que só ele mesmo poderia se permitir pagar.
O carro entrou na garagem e parou. Então o homem desceu e ordenou em tom rude à esposa: "Saia do carro!"
A família Rabelo também possuía uma vila, mas era incomparável com a grandeza daquela. Ela timidamente seguiu o marido, dando cada passo com cautela.
"Senhor, já está de volta", disse o mordomo, Rodrigo, que correu em direção a eles e olhou para a bela mulher atrás do homem sem dizer nada.
José não respondeu, foi para a sala e sentou-se no sofá. Maria apareceu um pouco depois e serviu-lhe café numa xícara delicada e cara. "Senhor, aqui está o seu café." O homem costumava tomar café o tempo todo.
José inalou o aroma forte do café, feito com os melhores grãos de café da Jamaica, que era seu cheiro favorito.
Enquanto isso, Anabela permanecia imóvel, quieta. O clima sério dentro da casa a lembrou mais uma vez que ela não pertencia àquele lugar. No entanto, o fato era que não podia fugir.
De repente, a xícara de café caiu no chão e se quebrou em pedaços com grande estrondo. "Senhor!", Maria exclamou e imediatamente foi limpar, mas parou no meio do caminho quando José levantou a mão.
"Você, venha aqui limpar isto!", disse o homem, chamando Anabela, dando-lhe uma ordem com toda a crueldade.
A garota estremeceu de surpresa e olhou para ele estupefata.
"Senhora Carolina, o que foi? Você não ouviu? Ou pretende me desafiar?" José perguntou com sarcasmo.
Anabela pestanejou e desviou o olhar. Mesmo que ela se negasse a fazê-lo, ele a forçaria a limpar aquela sujeira de qualquer maneira. Além disso, ela já havia feito coisas semelhantes antes, na casa da família Rabelo.
Para Anabela, esta era uma tarefa fácil.
Em silêncio, a garota se abaixou e recolheu os pedaços da xícara, um por um, e os jogou no lixo. Maria deu a ela um pano de limpeza que usava para limpar o chão, depois de recolher os cacos.
Anabela observava as manchas de café que caíram nos sapatos do marido. Então ela os limpou cuidadosamente com lenços de papel, temendo que o homem a chutasse se não gostasse daquilo.
Mas seus cuidados não o impediram de desprezá-la. Ele não demonstraria piedade à mulher que mais odiava.
No entanto, o homem não conseguia compreender por que Carolina estava sendo tão obediente. Ele nunca esperava que ela fizesse aquilo, muito menos sem questionar.
De repente, José recolheu os pés inseguro, sem saber como deveria reagir. A garota o encarou, um pouco assustada e um tanto confusa. Será que ela tinha feito algo errado? Será que ele não ficou satisfeito?
José se inclinou para frente e a agarrou pelo queixo com força. "De agora em diante, você vai ficar aqui, sem fazer nenhum escândalo. Você não tem permissão para sair sem a minha autorização. Por outro lado, você vai ter que cuidar de tudo aqui na casa, desde a limpeza, até tudo o que eu quiser que você faça. Entendeu?", ele insistiu, em um tom autoritário.
Anabela entendeu perfeitamente que José queria que ela vivesse naquela casa, como uma criada, não como a senhora Carolina da família Fernandes.
"Sim", respondeu Anabela assentindo com a cabeça.
"Boa menina!", afirmou o homem, antes de se levantar para sair.
"Espere, eu tenho uma coisa para te perguntar", disse ela. Vendo que ele estava prestes a sair, ela o deteve na saída.
José se voltou para ela. "Se precisar de algo, pergunte a Rodrigo ou Maria." José não queria mais ter que falar com ela.
"Não! Não é nada disso." Anabela pegou a mão do seu marido e segurou-a hesitante antes de dizer: "Estou disposta a fazer tudo o que você me pedir, mas quero ir para a faculdade."
Ela queria ir para a escola? José ficou muito surpreso. Isso seria uma piada? "Você quer ir à escola? Está brincando comigo?
Você é Carolina Rabelo, ou bem, agora você é a senhora Carolina da família Fernandes. Você pode ter o que quiser. Então, por que deseja ir para a escola? Além disso, pelo que sei, você nunca foi uma boa aluna", bufou José.
A garota não sabia o que dizer. Carolina nunca se importara com nada, mas Anabela era muito diferente. Ela queria ter valor por si própria e realizar seus sonhos.
"Não me incomode mais!", ele disse a afastando. Aí se virou e saiu naquele momento.
"Senhor José", implorou Anabela. Ela não se renderia com facilidade. Queria ir atrás dele, mas Maria a deteve, dizendo: "Você não pode subir as escadas! Não pode ir ao segundo andar sem autorização!"
"Não pode ser! Por quê?" A garota precisava falar com José de alguma forma. Havia sido muito difícil para ela entrar na faculdade. Tinha trabalhado duro durante todas as férias de verão para ganhar dinheiro e pagar as custas do curso. Então, como poderia dar-se por vencida, assim tão facilmente?
Ela subiu correndo as escadas assim que Maria se distraiu um pouco. Ao vê-la entrar em seu quarto, José gritou extremamente irado: "Quem lhe deu permissão para subir?"
A garota estremeceu e se deu conta de que tinha sido imprudente. Ela não deveria ter subido as escadas sem a permissão dele.
"Saia daqui!" José rosnou novamente, quando viu que sua esposa ainda estava na porta.
Com a brutalidade de sua fala, ela estremeceu novamente. Limitou-se a baixar os olhos rapidamente e não se atreveu a olhar para ele de novo. Naquele momento, Anabela só queria correr e se esconder do seu marido.