Apaixonada pelo CEO Frio
Autor:Alicia
GêneroRomance
Apaixonada pelo CEO Frio
Anabela aguardava por Telmo na cafeteria. Já estava escurecendo e ele ainda não tinha chegado.
'Será que ele viria hoje?', pensou a menina. Ela tinha certeza de que Telmo viria, mas estava esperando por ele a tanto tempo que a demora começou deixá-la em dúvida. Já era tarde e, se não fosse embora, perderia o último ônibus.
Quando decidiu partir, uma figura familiar apareceu. "Desculpe pelo atraso, Anabela", disse Telmo ofegante.
Anabela sorriu ao vê-lo, ele finalmente havia chegado. Mas seu sorriso desapareceu quando lembrou do motivo da conversa.
Ela não sabia nem por onde começar. Como explicaria sua situação a ele? Embora tivesse pensado em várias maneiras para abordar o assunto, todas pareciam desculpas esfarrapadas e nenhuma era boa o suficiente.
"Anabela, o que aconteceu? Por que está triste? Você está aborrecida porque estou atrasado?", perguntou Telmo, inclinando-se para pegar suas mãos. "Lamento muito, tenho estado muito ocupado com os negócios da empresa", acrescentou.
Anabela negou com a cabeça e respondeu: "Tudo bem. Não estou triste por causa disso."
Com um sorriso de alívio no rosto, Telmo exclamou: "Estou feliz que você não esteja chateada comigo. Esperou muito tempo, deve estar com fome, não é mesmo? Vamos comer e depois vou levá-la para casa." Anabela estava prestes a falar, quando Telmo fez um sinal para chamar o garçom, ele não notou que ela queria dizer algo.
Na verdade, Telmo não tinha muito tempo, pois havia mentido para Julia dizendo que tinha uma emergência na empresa, ele a deixou no shopping e disse que não demoraria.
Anabela se absteve de falar, talvez ele estivesse com fome, pensou que o menino devia estar tão ocupado com o trabalho que não teve nem tempo para comer. Além disso, ela queria passar mais tempo com ele, pois não sabia como seriam as coisas dali pra frente.
No entanto, as coisas não estavam indo conforme ela planejou.
Quando os pratos foram colocados sobre a mesa, Telmo disse a ela: "Você deve estar morrendo de fome, Anabela. Vamos comer!" Ele pegou o prato de Anabela, cortou a carne em pequenos pedaços e o colocou diante dela.
"Obrigada, Telmo", disse ela, com o coração transbordado de gratidão. Anabela ficou comovida, porque mesmo depois de tanto tempo Telmo ainda cuidava dela muito bem, ele não havia mudado.
Toby sorriu e disse: "Você não precisa me agradecer por nada. Eu faço isso com muito prazer."
Os dois trocaram olhares e sorriram como se tivessem voltado à infância; parecia que ontem eles eram apenas crianças.
"Telmo." Uma voz delicada, mas irritada interrompeu seus pensamentos. Julia tinha desconfiado quando ele a deixou no shopping, por isso o seguiu. 'Então, me havia deixado sozinha para se encontrar com essa garota?', se perguntou ela.
Telmo ficou chocado ao vê-la. 'O que ela estava fazendo ali? Como descobriu onde eu estava?', pensou ele. "Julia", exclamou.
"Telmo, você não quer me apresentar à sua amiga?", disse Julia ironicamente, dando um passo à frente para agarrar o braço dele, a fim de mostrar a intimidade que eles tinham. Aquele homem pertencia a ela, e ela faria de tudo por ele. E afinal, quem era aquela mulher e o que ela tinha a oferecer a Telmo?
Telmo observou a expressão calma no rosto de Anabela. Ela não ficou nem um pouco surpresa ao ver Julia, era como se já soubesse.
"Anabela", disse Telmo hesitante. Ele estava num dilema, porque não sabia como apresentá-las.
As coisas claramente não saíram como ele esperava. Havia planejando levá-la para seu apartamento naquela noite, mas Julia apareceu.
"Prazer em conhecê-la, Telmo, preciso ir agora", disse Anabela com um sorriso tímido.
Ela realmente não tinha coragem para enfrentar aquela situação. Queria abraçar Telmo com todo o amor do mundo e dizer-lhe tudo.
Mas naquele momento ela só queria fugir daquele lugar o mais rápido possível.
"Mas você ainda não comeu nada, Anabela", disse Telmo pegando a mão de Anabela.
Uma onda de ciúme invadiu Julia ao ver a intimidade deles, mas preferiu não demonstrar isso. Nesse caso, ela educadamente convidou Anabela para ficar para o jantar.
Após alguns minutos, Julia virou-se para Telmo e disse: "Estou com um pouco de frio, você poderia pegar meu casaco no carro? Aquele branco que você comprou para mim no shopping hoje", disse Julia com uma voz sedutora.
Telmo hesitou por um momento, ele não estava confortável com a ideia de deixá-las sozinhas, mas depois assentiu. "Ok, peça alguma coisa para você, eu já volto", respondeu ele.
Assim que Telmo saiu, o olhar hostil de Julia pousou em Anabela, fazendo-a se sentir um pouco intimidada.
"Eu não sei quem você é, mas eu apreciaria se você ficasse longe de Telmo. Ele é meu noivo, e não quero que ele se envolva com nenhuma outra mulher além de mim", disse Julia claramente e acrescentou: "Ele pode ter tido outras mulheres no passado, mas com certeza eu serei a última. Telmo tem um coração muito bom, e se ele vê uma mulher se fazendo de vítima, não pode fazer nada a não ser ajudar. Portanto, deixe-o em paz."
Ao ouvir essas palavras, Anabela sentiu seu coração afundar de tristeza, por ter colocado Telmo nessa situação.
"Eu entendo, não se preocupe. Não vou procurá-lo novamente. Desejo que vocês sejam muito felizes. Eu tenho algo para fazer, preciso ir", respondeu Anabela levantando-se da mesa e dirigindo-se rapidamente para a saída.
Mas, acabou esbarrando com Telmo que tinha voltado com o casaco. "Anabela, aonde você vai?", perguntou Telmo, com um ar de preocupação.
"Sinto muito, Telmo. Tenho algumas coisas para fazer, preciso ir agora", respondeu ela, tentando parecer calma, embora seu coração já estivesse partido em mil pedaços, e a dor consumisse todas as suas forças.
Telmo tentou impedi-la, mas ela se desvencilhou de suas mãos. Incapaz de impedi-la Telmo a viu partir, antes de retornar para a mesa onde Julia o aguardava.
"Telmo, ela saiu depois de atender uma ligação. Parecia muito preocupada, por que não vai ver se ela está bem?", disse Julia fingindo estar preocupada. As palavras da mulher bloquearam imediatamente a pergunta do menino.
Telmo entregou o casaco a ela e disse: "Deixa pra lá. Vamos jantar."
Anabela caminhou diretamente para o ponto de ônibus, e ficou lá durante muito tempo. Uma hora havia se passado e nenhum ônibus havia chegado ainda. Foi então que percebeu que o o último ônibus já havia passado.
Ela remexeu em sua bolsa em busca de dinheiro, e sorriu amargamente ao perceber que não tinha dinheiro suficiente para chamar um táxi. Ela não deveria ter vindo encontrar-se com Telmo, muito menos envolvê-lo em sua vida miserável.
Sem outra opção, Anabela começou a caminhar sem rumo. Para onde ela iria? Certamente não poderia retornar à villa de José. Já era meia-noite quando parou de andar, seu cansaço a impedia de continuar. Anabela pegou seu celular na bolsa em vão, pois não conhecia ninguém que podia ajudá-la a não ser José, e ela não estava disposta a ligá-lo. Depois, uma repentina sensação de humilhação a invadiu.
Anabela se encolheu, as lágrimas escorrendo pelo rosto. O quão miserável sua vida tinha se tornado! Ela não tinha mais ninguém, a não ser ela mesma. Um sentimento de desespero a invadiu.
Enquanto isso, Júlio trazia José de volta à villa. Ele dirigia devagar, então pôde ver uma figura não muito longe da estrada. Como estava tarde, decidiu passar direto. No entanto, quando o carro passou por ela, ele viu Anabela parada ali.
"Senhor José", disse ele virando-se para José.
José também tinha visto Anabela. Ela tinha lágrimas em seus olhos e parecia abalada. 'Por que está chorando na estrada uma hora dessas?', pensou o homem.
"Pare o carro!", ordenou José. Quando o carro parou ao seu lado ele desceu e gritou: "Carolina, o que exatamente você está fazendo aqui? E não me venha com a desculpa que estava me esperando!"
Os seus olhos estavam tão inundados de lágrimas que a garota teve dificuldade de ver o homem à sua frente, embora ela conseguisse reconhecer aquela voz familiar. "Senhor José", conseguiu dizer, por fim.
"Entre no carro, imediatamente!", ordenou ele, antes de dirigir-se para o carro.
Anabela não tinha muita escolha a não ser segui-lo. O medo de passar a noite sozinha na rua era maior que o medo que sentia dele.
Na villa, Maria também estava muito preocupada, pois a senhora Carolina havia dito que sairia mas retornaria em breve, mas já era muito tarde e ela não havia retornado. 'O que lhe aconteceria se o senhor José chegasse antes dela retornar?', pensou ela.
Percebendo que o carro entrou na garagem, Maria imediatamente se aproximou. Quando viu Anabela sair do carro acompanhada de José, disse: "Senhora Calorina, finalmente você voltou. Você está bem? Eu estava tão preocupada com você."
Anabela apenas abanou a cabeça e disse: "Lamento tê-la preocupado, Maria. Eu perdi o último ônibus e não tinha como voltar para casa."
"Senhora Calorina, da próxima vez se você não tiver dinheiro suficiente, pode pegar um táxi e eu pago quando chegar aqui. Não é seguro para você voltar tão tarde", disse Maria calmamente.
Embora estivessem falando baixo, José e Júlio conseguiram ouvi-las.