Apaixonada pelo CEO Frio
Autor:Alicia
GêneroRomance
Apaixonada pelo CEO Frio
Anabela não disse mais nada ao ver que Telmo insistia. Ela temia que, se lhe desse algumas respostas, ele suspeitaria de algo. Mas quanto tempo mais poderia esconder tudo aquilo dele?
Logo depois de sair do café, Telmo a levou de volta para a escola. "Anabela, vamos jantar juntos esta noite, está bem?", disse Telmo, quando eles chegavam no portão da escola. Ele parecia relutar em ir embora.
Anabela olhou para ele e respondeu: "Telmo, nesta noite, eu tenho que trabalhar meio turno. Podemos deixar para outra ocasião, pode ser?"
Telmo a analisou por um momento. Percebendo que não era conveniente para Anabela sair naquela noite, ele não a importunou mais, e acrescentou: "Tudo bem! Aqui está o meu novo número de telefone. Você pode me ligar quando tiver tempo, de acordo?"
"Certo, tudo bem", disse Anabela, pegando o cartão de visita e examinando o cargo dele, onde se lia: Diretor Executivo e Vice-Presidente do Grupo Silva.
Assim que a garota terminou suas aulas, voltou para a villa. Estava vazia e seu marido ainda não havia regressado à casa. Por causa disso, a garota se sentiu aliviada, pelo menos por alguns momentos.
Ajudou Maria a preparar o jantar e esperou que José voltasse para lhe dar uma explicação.
"Senhora Carolina, por favor, jante você primeiro! Como o senhor José não ligou novamente, ele pode nem voltar esta noite", expressou Maria com preocupação, vendo que a garota não estava comendo ou bebendo nada porque estava esperando que José voltasse. Já era quase meia-noite.
Anabela balançou a cabeça, respondendo: "Não importa, ele vai voltar."
Anabela sabia que a volta do seu marido não seria uma coisa boa para ela. No entanto, pensava que ele regressaria mais cedo ou mais tarde, e ela deveria enfrentar os acontecimentos. Naquele dia, ela havia topado com José, e foi algo difícil de explicar.
Finalmente, o carro de seu marido adentrou a villa à uma hora da madrugada.
Ao ouvir os ruídos, Anabela estremeceu de medo.
Tão logo José entrou, a garota sentiu que um calafrio percorria seu corpo. Era época de outono, mas parecia mais frio do que nunca, como se estivesse no inverno.
"Você voltou", disse Anabela, aproximando-se dele. 'Será que havia alguma chance de negociar com ele?', pensou a moça.
O homem olhou para ela com frieza. Aquela mulher estaria pretendendo se desculpar com ele e bajulá-lo?
"Bem, você já comeu? Acabei de preparar o jantar." Anabela reuniu toda a sua coragem para dizer isso a ele.
José foi direto para a sala de jantar e observou a sopa ao lado dos quatro pratos na mesa. Na verdade, eles pareciam ter sido feitos com esmero. Mesmo que a comida estivesse fria, aqueles pratos ainda deixariam as pessoas com água na boca. No entanto, o homem não se deixou subornar pela comida.
A mulher o havia enganado, pois tinha se encontrado com um homem fora de casa. Então, como poderia perdoá-la, simplesmente porque ela havia preparado alguns pratos para ele?
Por acaso Carolina estava subestimando-o ou ela pensava que ele era generoso? 'Talvez a tivesse deixado muito solta nesses dias e ela acreditou que poderia fazer o que quisesse', pensou José.
"Carolina, como você se atreve? Como você pode usar a comida para compensar o seu pecado? Acha que sou assim tão fácil de se conviver? Você se esqueceu de que é casada comigo? Está bem! Então deixe-me fazê-la recordar." Movendo sua grande mão, José, de novo, atirou os pratos que estavam sobre a mesa no chão. Os pratos de porcelana se partiram em pedaços ao cair no piso.
Anabela estava prestes a se inclinar para limpar, mas na mesma hora, o homem a empurrou e a pressionou contra a mesa.
"O que... O que você vai fazer?" Ela exclamou, estremecendo, com as costas apoiadas na mesa fria.
"O que eu vou fazer? O que você pensa que eu vou fazer?" José respondeu, olhando com frieza para a esposa.
O homem se sentia extremamente mal-humorado ao pensar no que a mulher teria feito no restaurante naquela tarde, com aquele homem. A garota era realmente uma tentação. Não era de se estranhar que tantos homens estivessem a assediá-la, mas José só queria humilhá-la em todos os sentidos.
"Carolina, você pode conversar e demonstrar alegria com outros homens. E aí, não deveria se negar a mim, que eu sou seu verdadeiro marido, certo?", disse José claramente, demostrando ódio e frieza nessas palavras.
"Não, eu realmente não fiz nada de mais; você está interpretando tudo errado. Ele e eu somos apenas..." José segurava Anabela com força, então ela não conseguia se mover. Sua explicação foi acompanhada por dois fios de lágrimas. No entanto, isso não fez com que José sentisse um pouco de pena dela.
'Por que ele quer me machucar mais?', Ayla pensou, segurando a beirada da mesa com força. Ela estava com medo, mas aquele homem sempre a humilhava daquela maneira, não era verdade?
Anabela não sabia quanto tempo havia durado sua dor; ela só sabia que havia desmaiado por causa dela.
Ao acordar, estava sozinha na fria sala de jantar.
Tentando suportar a dor, Anabela se sentou e recolheu o vestido do chão para cobrir o corpo. Depois, voltou para o seu quarto e entrou no banheiro.
Será que ela já havia finalizado a negociação com ele naquele dia?
Ela olhou para cima e para baixo no espelho e se deu conta de que o seu marido havia deixado hematomas por todo o seu corpo.
Doía, Anabela sentia dor em todo o corpo, mesmo quando estava em pé. Ela se agachou embaixo do chuveiro e ali lavou todo o corpo com água quente, esfregando com força cada parte. Queria eliminar todos os vestígios, inclusive a respiração, que o homem havia deixado em seu corpo.
O ato de José era a última dor que Anabela queria suportar e, talvez, deixasse uma sombra que ela nunca poderia apagar em toda a sua vida.
'Telmo, o que você supõe que eu deva fazer? O que mais eu tenho que fazer?', se perguntou a garota. As lágrimas continuavam correndo dos olhos de Anabela.